Encruzilhadas, Trincheiras e Assentamentos: a noção de Quilombismo na produção das Geografias Negras
DOI:
https://doi.org/10.18764/2675-0805v6.2024.1Palabras clave:
quilombismo, encruzilhada, trinchera y asentamientoResumen
Encrucijadas, Trincheras y Asentamientos: La noción de Quilombismo en la Producción de las Geografías Negras
Este texto tiene como objetivo teorizar la noción de quilombismo como herramienta ideológica fundamental para la organización de las geografías negras, no sólo como territorio físico, sino psíquico, transatlántico y ancestral. El quilombismo se analiza, desde la perspectiva de Beatriz Nascimento, como una visión femenina negra del territorio cuyas metodologías de acción repercuten en la lucha de las comunidades periféricas, los movimientos sociales negros y el feminismo negro. De esta forma, analizo el quilombismo como una herramienta de lucha diaspórica, atemporal y psíquica basada en tres disparadores organizativos: la encrucijada, la trinchera y el asentamiento. Así, si el quilombo es la cabeza de la diáspora, el Orí (cabeza en yoruba), el quilombismo es Ayé (tierra en yoruba) en contacto con el Orún (espacio espiritual en yoruba). En este artículo, mostraré que las encrucijadas, trincheras y asentamientos son espacios conocidos por las poblaciones negras, y es a partir de este conocimiento –a través de la mirada de la cosmología negra– que analizo la trascendencia del cuerpo, la fuerza ancestral, la memoria y lo sagrado.
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