POTENCIAL DE USO TECNOLÓGICO DAS ESPÉCIES VEGETAIS DAS RESTINGAS DO MARANHÃO
Parole chiave:
Espécies nativas, Formas de uso, Vegetação litorâneaAbstract
O litoral brasileiro, devido a extensão territorial, possui uma grande diversidade vegetal. Considerando a costa do Maranhão, apresentam-se as restingas, que além de desempenharem papéis ecológicos, oferecem uma variedade de usos para as comunidades locais, incluindo o tecnológico. O presente estudo propõe listar as espécies vegetais encontradas nas áreas de restinga do Maranhão, com foco no uso tecnológico, destacando o potencial das espécies vegetais. O estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica, considerando artigos publicados entre 2016 à 2022 obtidos em plataformas de busca (Google Acadêmico, Scielo e Periódicos CAPES), por meio desse levantamento foi elaborado um checklist com as espécies vegetais para a restinga do Maranhão. Em seguida foram compiladas informações sobre as formas de uso das espécies vegetais a partir de um novo levantamento bibliográfico. As buscas foram realizadas nas plataformas citadas anteriormente utilizando o nome da planta e adicionando a palavra-chave “forma de uso”, “categoria de uso” e/ou “uso tecnológico”. Assim, foram registradas informações sobre o uso tecnológico de 32 espécies, pertencentes a 20 famílias. A madeira é um dos principais recursos retirados das plantas encontradas nas restingas. Destacam-se as espécies Cereus jamacaru (Cactaceae), Byrsonima crassifolia (Malpighiaceae), Senna pendula (Fabaceae), Manilkara bidentata (Sapotaceae), Spondias tuberosa (Anacardiaceae) e Copernicia prunifera (Arecaceae). É importante destacar que as espécies com uso tecnológico são utilizadas em vários Estados do Brasil e podem ser usadas como a mesma finalidade no Maranhão, garantindo que a população utilize as espécies vegetais da restinga. Além disso, o estudo reforça a necessidade de conservar e proteger esse ecossistema e as espécies que se desenvolvem.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Almeida Campos, J. L.; Silva, T. L. L.; Albuquerque, U. P.; Peroni, N.; Araújo, E. L. Knowledge, use, and management of the babassu palm (Attalea speciosa Mart. ex Spreng) in the Araripe Region (Northeastern Brazil). Economic Botany, v. 69, p. 240-250, 2015.
Araujo, P. A. M.; Mattos Filho, A. Estruturadas madeiras brasileiras de angiospermas dicotiledôneas (XVIII). Dilleniaceae (Curatella americana). Rodriguésia v. 29, n. 42, p. 233-246, 1977.
Arévalo-Marín, E.; Farias Lima, J. R.; Palma, A. R. T.; Lucena, R. F. P.; Cruz, D. D. Traditional Knowledge in a Rural Community in the Semi-Arid Region of Brazil: Age and gender patterns and their implications for plant conservation. Ethnobotany Research and Applications, v. 14, p. 331- 344, 2015.
Bandeira, A. R. G. Estudo Fitoquímico e Atividade Biológica de Conocarpus erectus L. (Mangue botão). Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Produtos Bioativos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Barbosa, C. S. Avaliação alelopática e caracterização fitoquímica de extrato em diclorometano de folhas de Curatella americana L. (lixeira). Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
Barduco, L. G., Alves, R. R., Bastos, S. B. A., Furlan, Â. S. Relação entre a Vegetação e o Solo na Restinga do Parque Estadual da Ilha de Cardoso, SP. Simpósio do Curso de Geografia – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. CCH. Universidade Federal de Viçosa, 2008.
Bastos, C. N. M. A importância das formações vegetais de restinga e do manguezal para as comunidades pesqueiras. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, série Antropologia, v. 11, n. 1, p. 41-56, 1995.
Bastos, M. N. C.; Costa, D. C.T.; Santos, J. U. M. Vegetação de restinga: aspectos botânicos e uso medicinal. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Projeto Renas/IDRC/CRDI - Canadá, 2003.
Borges, R.; Peixoto, A. L. Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade caiçara do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 23, p. 769-779, 2009.
Brandão, R. L. Regiões Costeiras da Geodiversidade do Brasil: conhecer o passado, para entender o presente e prever o futuro. Rio de Janeiro: CPRM, 264 p, 2008.
Carneiro, D. B.; Barboza, M. S. L.; Menezes, M. P. Plantas nativas úteis na vila dos pescadores da reserva extrativista marinha Caeté-Taperaçu, Pará, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 24, p. 1027-1033, 2010.
Carvalho, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Coleção espécies Arbóreas. Colombo, PR: Embrapa Florestas, p. 644, 2010.
Conceição, C. A.; Paula, J. E. Contribuição para o conhecimento da flora do Pantanal Mato-Grossense e sua relação com a fauna e o homem. Anais do 1º Simpósio Sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal, p. 107-130, 1986.
Crepaldi, C. G. Riqueza e etnobotânica de Euphorbiaceae na Floresta Nacional do Araripe-CE. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ecologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco para obtenção do título de Mestre em Ecologia. 2013.
Coelho, W. R. Avaliação de alguns parâmetros físico-químicos de polpas artesanais congeladas de murici (Byrsonima crassifolia (L.) Rich) comercializadas no município de Magalhães de Almeida. Monografia. 41p. Universidade Federal do Maranhão. 2017.
Coutinho, D. J. G. Relação de uso dos recursos naturais pelas comunidades do entorno de um fragmento florestal urbano no Parque Estadual Dois Irmãos, Recife, Pernambuco. Revista do Instituto Florestal, v. 24, n. 2, p. 173–187, 2012.
Farias Lima, J. R., Lima, G. D. S., De Lucena, C. M., Carvalho, T. K. N., Lucena, R. F. P. Inventário in situ como método para avaliação da extração de recursos madeireiros na caatinga: estudo de caso no município de Cabaceiras (Paraíba, Brasil). Revista Nordestina de Biologia, v. 26, n. 1, p. 1-18, 2018.
Fernandes, J. M. et al. Etnobotânica de Leguminosae entre agricultores agroecológicos na Floresta Atlântica, Araponga, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia, v. 65, n. 2, p. 539-554, 2014.
Fonseca-Kruel, V. S.; Peixoto, A. L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, RJ, Brasil1. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 1, p. 177-190, 2004.
Franzinelli, E. Evolution of the geomorphology of the coast of the state of Para, Brazil. In: M. T. PROST (Org). Évolution des Littoraux de Guyane et de la Zone Caraïbe Méridionale Pendant le Quaternaire, Paris: 203-217. ORSTOM, Cayenne, 1992.
Galeano, G. Forest use at the Pacific Coast of Chocó, Colômbia: a quantitative approach. Economic Botany, v. 54, n. 3, p. 358-376, 2000.
Heringer, E. P.; Paula, J. E. Anatomia do lenho secundário de Annona glabra L. (Annonaceae), algumas propriedades físicas da madeira e análise crítica da grafia do gênero. Acta Amazonica, v. 6, p. 423-432, 1976.
Lima, J. S.; Oliveira, D. M.; Nascimento Júnior, J. E.; Silva-Mann, R.; Gomes, L. J. Saberes e uso da flora madeireira por especialistas populares do agreste de Sergipe. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 11, n. 2, p. 239-253, 2011.
Lima, P. R.; Horbach, M. A.; Dranski, J. A. L.; Ecco, M.; Malavasi, M. D. M.; Malavasi, U. C. Avaliação morfofisiológica em mudas de Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos durante a rustificação. Floresta e Ambiente, v. 21, p. 316-326, 2014.
Lima, G. P., Lacerda, D. M. A., Lima, H. P., Almeida Jr., E. B. Caracterização fisionômica da Restinga da Praia de Panaquatira, São José de Ribamar, Maranhão. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 10, n. 6, p. 1910-1920, 2017.
Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Ed. Plantarum, Nova Odessa, v.2, 368 p. 1992.
Lopes, L. C. M; Lobão, A. Q. Etnobotânica em uma comunidade de pescadores artesanais no litoral norte do Espírito Santo, Brasil. Bol Mus Biol Mello Leitão, v. 32, p. 29-52, 2013.
Lucena, C. M.; Costa, G. G. S.; Carvalho, T. K. N.; Guerra, N. M.; Quirino, Z. G. M.; Lucena, R. F. P. Uso e conhecimento de cactáceas no município de São Mamede (Paraíba, Nordeste do Brasil). Revista de Biologia e Farmácia (Biofar), volume especial, p. 121-134, 2012a.
Lucena, C. M.; Costa, G. M.; Sousa, R. F.; Carvalho, T. K. N.; Marreiros, N. A.; Alves, C. A. B.; Pereira, D. D.; Lucena, R. F. P. Conhecimento local sobre cactáceas em comunidades rurais na mesorregião do sertão da Paraíba (Nordeste do Brasil). Biotemas, v. 25, n. 3, p. 281- 291, 2012b.
Lucena, C. M.; Lucena, R. F. P.; Costa, G. M.; Carvalho, T. K. N.; Costa, G. G. S.; Alves, R. R. N.; Pereira, D. D.; Ribeiro, J. E. S.; Alves, C. A. B.; Quirino, Z. G. M.; Nunes, E. N. Use and knowledge of Cactaceae in Northeastern Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 9, n. 62, p. 1-11, 2013.
Lucena, C. M.; Carvalho, T. K. N.; Ribeiro, J. E. S.; Quirino, Z. G. M.; Casas, A.; Lucena, R. F. P. Conhecimento botânico tradicional sobre cactáceas no semiárido do Brasil. Gaia Scientia, Edição Especial Cactaceae, v. 9, n. 2, p. 77-90, 2015.
Miranda, T. M.; Hanazaki, N. Conhecimento e uso de recursos vegetais de restinga por comunidades das ilhas do Cardoso (SP) e de Santa Catarina (SC), Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 22, p. 203-215, 2008.
Neto, G. G.; Santana, S. R.; Silva, J. V. B. Notas etnobotânicas de espécies de Sapindaceae Jussieu. Acta Botanica Brasilica, v. 14, p. 327-334, 2000.
Oliveira, M.; Silva, E.; Guarçoni, E. A.; Junior, E. S. Espécies vegetais de uso popular no município de Coelho Neto, Maranhão, Brasil. Enciclopédia Biosfera, v. 13, n. 23, 2016.
Paodjuenas, R.; Costa, G. M.; Nunes, E. N.; Paulino, F. O.; Lucena, R. F. P. Conhecimento tradicional e usos do umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) por comunidades rurais do semiárido, Paraíba, Nordeste, Brasil. Ethnoscientia, v. 4, p. 1-13, 2019.
Pereira, B. A. S. Árvores do Bioma Cerrado, Heisteria ovata Benth. 2017a. Disponível em: https://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/07/18/heisteria-ovata-benth/. Acesso em: 08 jul. 2023.
Pereira, B. A. S. Árvores do Bioma Cerrado, Peltogyne confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth. 2017b. Disponível em: https://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/04/23/peltogyne-confertiflora-mart-ex-hayne-benth/. Acesso em: 08 jul. 2023.
R Core Team (2019). R A Language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria, 2019.
Ribeiro, R. B. S.; Gama, J. R. V.; Martins, S. V.; Moraes, A.; Santos, C. A. A.; Carvalho, A. N. Estrutura florestal em projeto de assentamento, comunidade São Mateus, município de Placas, Pará, Brasil. Revista Ceres, v. 60, p. 610-620, 2013.
Santos, M. G.; Fevereiro, P. C. A.; Reis, G. L.; Barcelos, J. I. Recursos vegetais da restinga de Carapebus, Rio de Janeiro, Brasil. Journal of Neotropical Biology, v. 6, n. 1, p. 35-54, 2009.
Silva, A. J. R.; Andrade, L. H. C. Etnobotânica nordestina: estudo comparativo da relação entre comunidades e vegetação na Zona do Litoral-Mata do Estado de Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 19, p. 45-60, 2005.
Silva, M. F. Revisão taxonômica do gênero Peltogyne Vog. (Leguminosae-Caesalpinioideae). Acta Amazonica, v. 6, p. 5-61, 1976.
Soares, Z. A.; Lucena, R. F. P.; Ribeiro, J. E. S.; Carvalho, T. K. N.; Ribeiro, J. P. O.; Guerra, N. M.; Sousa Júnior, S. P. Local botanical knowledge about useful species in a semi-arid region from Northeastern Brazil. Gaia Scientia, v. 7, n. 1, p. 80-103, 2013.
Sousa, R. F.; Silva, R. A. R.; Rocha, T. G. F.; Santana, J. A. S.; Vieira, F. A. Etnoecologia e etnobotânica da palmeira carnaúba no semiárido brasileiro. Cerne, v. 21, n. 4, p. 587-594, 2015.
Tonini, H.; Arco-Verde, M.F. O Jatobá (Hymenaea courbaril L.): crescimento, potencialidades e usos. Boa Vista: Embrapa Roraima, p. 36, 2003.
Vago, A. M.; Barreto Júnior, E. G. Conhecimento sobre a vegetação de restinga e suas aplicações no ensino do município da Serra - ES. 2012. Trabalho de conclusão de curso. Instituto Ensinar Brasil. 2012.
Van Den Berg, M. A.; Silva, M. H. Plantas medicinais do Amazonas. Anais do Primeiro Simpósio do Trópico Umido, v. 12, p. 127-133, 1986.
Vasconcelos Filho, S. C. Caracterização anatômica e histoquímica de folhas, calogênese e fitoquímica de calos de murici (Brysonima verbacifolia (L.) Rich. ex Juss.). Dissertação. Universidade Federal de Minas Gerais, 70p. 2008.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2023 Journal of Geospatial Modelling
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.