SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO BABAÇU (ATTALEA SPECIOSA MART. EX SPRENG.) NO ESTADO DO MARANHÃO
Palavras-chave:
Coleções Biológicas, Distribuição, Formas de UsoResumo
O babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng.) é uma palmeira de importância ecológica e socioeconômica no Brasil. No Maranhão, por exemplo, essa espécie é emblemática e crucial para subsistência de muitas comunidades tradicionais, sendo utilizada para diversas finalidades. Apesar da sua importância, a distribuição geográfica de A. speciosa ainda não é completamente compreendida no Estado. Por esse motivo, este estudo buscou mapear a distribuição e usos do babaçu no Maranhão. Os registros de ocorrência dessa palmeira na região foram compilados por meio de consultas a bancos de dados e artigos científicos. Os dados levantados foram listados em uma tabela, incluindo informações de coleta, coordenadas geográficas e fontes das informações consultadas. Como resultado, foram compilados 64 registros de A. speciosa no Maranhão, distribuídos principalmente nas mesorregiões Norte, Central e Leste. Tendo maior concentração desses registros em regiões com grande presença de comunidades agroextrativistas. A partir dos dados levantados, também foi reportado o uso do babaçu para a produção de óleo, alimentos, cosméticos, materiais de construção e artesanato. Além disso, destacamos que a identificação precisa dessa espécie é imprescindível, devido à hibridização com outras espécies do gênero Attalea reportadas para a região. Por fim, salientamos que esta síntese possibilitou ampliar o conhecimento sobre a distribuição do babaçu no Maranhão, identificando áreas prioritárias para futuras pesquisas.
Downloads
Referências
Balick, M. J. The use of palms by the Apinayé and Guajajara Indians of Northeastern Brazil. Advances in Economic Botany, v. 6, p. 65-90, 1998.
Balslev, H.; Bernal, R.; Fay, M. F. Palms–emblems of tropical forests. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 182, n. 2, p. 195-200, 2016.
Barroqueiro, E. S.; Barroqueiro, F. S.; Pinheiro, M. T.; Maciel, M. C.; Barcellos, P. S.; Silva, L. A.; Guerra, R. N. Evaluation of acute toxicity of babassu mesocarp in mice. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 21, n. 4, p. 710-714, 2011.
Bendini, J. N.; Souza, D. C. Bee pollen from babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng.) forest. Research, Society and Development, v. 9, n. 10, p. e6509108946, 2020.
Carrazza, L. R.; Ávila, J. C. C.; Silva, M. L. Manual tecnológico de aproveitamento integral do fruto e da folha do Babaçu. 2 ed. Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza, 2012.
Cavallari, M. M.; Toledo, M. M. What is the name of the babassu? A note on the confusing use of scientific names for this important palm tree. Rodriguésia, v. 67, n. 2, p. 533-538, 2016.
Costa, L. B. S.; Almeida Jr., E. B. Checklist da flora fanerogâmica e mapeamento das áreas de fragmentos florestais urbanos em São Luís, Maranhão. Revista Equador, v. 9, n. 3, p. 26-39, 2020.
CRIA (Centro de Referência e Informação Ambiental). 2011. Specieslink - simple search. Disponível em http://www.splink.org.br/index. Acesso em 30/06/2023.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Babaçu: Programa Nacional de Pesquisa. Brasília. Brasília: EMBRAPA - DDT, 1984.
Fava, W. S; Covre, W. S.; Sigrist, M. R. Attalea pharelata and Bactris glaucescens (Arecaceae, Arecoideae): Phenology and pollination ecology in the pantanal, Brazil. Flora, v. 206, n. 6, p. 575-584, 2011.
Ferreira, A. M. N. O total aproveitamento do coco Babaçu (Orbignya oleifera). 2011. 17 f. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Departamento de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
Henderson, A. A revision of Attalea (Arecaceae, Arecoideae, Cocoseae, Attaleinae). Phytotaxa, v. 444, n. 1, p. 1-76, 2020.
Lima, E. S.; Felfili, J. M.; Marimon, B. S.; Scariot, A. Diversidade, estrutura e distribuição espacial de palmeiras em um cerrado sensu stricto no Brasil Central - DF. Brazilian Journal of Botany, v. 26, n. 3, p. 361-370, 2003.
Lima, G. P.; Almeida Jr., E. B. Synopsis of the tribe Cocoseae Mart. (Arecoideae, Arecaceae) in the state of Maranhão, Brazil. Biota Neotropica, v. 20, p. e20190922, 2020.
Lima, J. A. L.; Silva, F. H.; Alves, J. V. O.; Martins, C. C. B.; Oliveira, S. D. S.; Rocha, M. L. A.; Silva, M. V. Attalea speciosa Mart. ex Spreng (Arecaceae): uma revisão integrativa quanto às principais características biotecnológicas. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 45844-45861, 2020.
Muniz, F. H. A vegetação da região de transição entre a Amazônia e o Nordeste: diversidade e estrutura. In: Moura, E. G. (Org.). Agroambientes de transição entre o Trópico Úmido e o Semi-árido do Brasil: atributos, alterações e uso na produção familiar. 2. ed. São Luís: Programa de Pós-graduação em Agroecologia/UEMA, 2006, v. 1, p. 53-69.
Pereira, B. A. S. Flora nativa. In: Dias, B. F. S (Org.). Alternativas de desenvolvimento dos cerrados: conservação dos recursos naturais renováveis. Brasília: Fundação Pró-Natureza, p. 53-57, 1996.
Porro, R. A economia invisível do babaçu e sua importância para meios de vida em comunidades agroextrativistas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, v. 14, n. 1, p. 169-188, 2019.
Prazeres, F. F. N. S. Poranduba maranhense: relação histórica da província do Maranhão. Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro, v. 54, n. 1, p. 04-277, 1891.
Reflora - Herbário Virtual. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ Acesso em 30/6/2023.
Santos-Filho, F. S.; Almeida Jr., E. B.; Soares, C. J. R. S. Cocais: zona ecotonal natural ou artificial? Revista Equador, v. 1, n. 1, p. 02-13, 2013.
Silva, T. F.; Macêdo, J. R. A.; Lopes, K. A. L.; Cantanhede, A. M. Diversidade e etnobotânica de espécies arbóreas nativas ocorrentes em quintais agroflorestais da comunidade Rozalina, Vargem Grande – MA. Pp. 43-53. In Cleberton Correia Santos (Org.). Agroecologia: caminho de preservação do meio ambiente. Ponta Grossa, PR: Atena Editora. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Journal of Geospatial Modelling
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
