A (re)construção da identidade e o trânsito cultural: uma leitura comparativa de Azul corvo, de Adriana Lisboa, Mar azul, de Paloma Vidal, e O inventário das coisas ausentes, de Carola Saavedra

Autores/as

Palabras clave:

Identidade, Exílio, História familiar

Resumen

No que diz respeito à experiência exílica, Edward Said (2003) afirma que ela se configura por ser uma fratura incurável entre o indivíduo e a terra natal, afetando o modo como o mundo exterior será enxergado por ele. Diante disso, as narrativas de Azul corvo (2010), de Adriana Lisboa, Mar azul (2012), de Paloma Vidal, e O inventário das coisas ausentes (2014), de Carola Saavedra, são construídas: Vanja, a narradora inomeada e Nina, respectivamente, são personagens femininas que precisam reconstruir as suas identidades mediante a vivência em uma outra cultura. No desvelar das histórias, pode-se perceber a necessidade que elas têm de se compreenderem e tal tentativa se realiza pela recuperação de suas vivências pretéritas e pelos vestígios de suas ancestralidades. Assim, por meio de uma leitura comparativa entre os romances e sob a luz de teóricos como Stuart Hall (2011) e Eurídice Figueiredo (2016), este artigo propõe uma reflexão acerca da construção identitária e da necessidade de compreensão própria mediante a experiência do trânsito cultural vivida pelas protagonistas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Patricia Mariz da Cruz, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Bolsista CAPES/PROEX

Stefania Rota Chiarelli, Universidade Federal Fluminense

Professora Associada de Literatura Brasileira na Universidade Federal Fluminense (UFF)

Citas

CÁMARA, Mario. “Voces que regresan. Memoria y herencia en tres novelas brasilenãs contemporáneas”. Clepsidra. Revista Interdisciplinaria de Estudios sobre Memoria. Dossier “Testemonio: debates y desafios desde America Latina”. Buenos Aires, Vol 1, No 1, ISSN 2362-2075, pp.164-175. Março de 2014.

CHIARELLI, Stefania. “Forasteiras - a prosa de Adriana Lisboa e Paloma Vidal”. In: DAFLON, Claudete; GÁRBERO, Maria Fernanda; DEMETRIO, Matildes (org). Agentes do contemporâneo. 1a ed. Niterói: EDUFF, 2017.

FIGUEIREDO, Eurídice. “A narrativa de filiação de escritores judeus brasileiros”. In: CHIARELLI, Stefania e NETO, Godofredo de Oliveira (org). Falando com estranhos: o estrangeiro e a literatura brasileira. 1a ed. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva; Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.

LISBOA, Adriana. Azul corvo. 1a ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

SAAVEDRA, Carola. O inventário das coisas ausentes. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. Tradução de Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

SARLO, Beatriz. “Crítica do testemunho”. In: ______. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Tradução Rosa Freire d’ Aguiar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

VIDAL, Paloma. Mar azul. Rio de Janeiro: Rocco, 2012.

Publicado

2019-12-18

Cómo citar

DA CRUZ, Patricia Mariz; CHIARELLI, Stefania Rota.
A (re)construção da identidade e o trânsito cultural: uma leitura comparativa de Azul corvo, de Adriana Lisboa, Mar azul, de Paloma Vidal, e O inventário das coisas ausentes, de Carola Saavedra
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 4, n. 13, p. 8–25, 18 dic. 2019 Disponível em: http://519267.outdoorhk.tech/index.php/afluente/article/view/12518. Acesso em: 1 dic. 2024.

Número

Sección

Seção Temática: A COMPLEXIDADE DA CONDIÇÃO DO EXÍLIO NA LITERATURA