O VENDEDOR DE PASSADOS, DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA: MODOS DE COMERCIALIZAR A MEMÓRIA E DE RECORDAÇÃO

Autores

  • Estela Pereira dos Santos Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Marisa Corrêa Silva Universidade Estadual de Maringá (PLE-UEM)

Palavras-chave:

O vendedor de passados, Comercialização da memória, Recordação.

Resumo

Este artigo apresenta um estudo de O vendedor de passados (2004), de José Eduardo Agualusa. Narrado por uma osga (lagartixa), apresenta a história de Félix Ventura, homem que vende passados para quem deseja uma nova árvore genealógica, novas memórias e nova identidade. Buscou-se, portanto, investigar aquilo que Andreas Huyssen denomina como “comercialização da memória” e os modos de recordação apresentados ao longo de todo o romance de Agualusa. Para o desenvolvimento deste trabalho foram fundamentais as discussões teóricas de Andreas Huyssen (2000); Aleida Asmann (2011); Lucas Esperança da Costa (2014) e Selligmann-Silva (2008). A conclusão traz uma discussão acerca da medida em que a narrativa apresenta formas de comercialização da memória não tradicionais, além de mostrar formas de recordar memórias de modo voluntário e involuntário, mediante, por exemplo, cicatrizes que um corpo pode carregar.

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Biografia do Autor

Estela Pereira dos Santos, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutoranda em Letras - Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá (PLE-UEM). Mestra em Estudos Literários e graduanda em Letras - Português e Literaturas Correspondentes pela mesma instituição. Dedica-se ao estudo de narrativas contemporâneas, principalmente brasileiras. Seu e-mail é: [email protected]

Marisa Corrêa Silva, Universidade Estadual de Maringá (PLE-UEM)

Fez graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem pós-doutorado na Rutgers - the State University of New Jersey. Hoje é professora associada no Departamento de Teorias Línguísticas e Literárias (DTL) da Universidade Estadual de Maringá. Tem publicações contemplando Teoria Literária, poesia e leituras intersemióticas. É pioneira no Brasil na aplicação sistemática do materialismo lacaniano de Slavoj Zizek e de Alain Badiou na análise literária, bem como no desenvolvimento de metodologia para efetuar tal aplicação. Atualmente, é vice-presidente da ANPOLL (gestão 2018-2020). Seu e-mail é: [email protected]

Referências

AGUALUSA, José Eduardo. O vendedor de passados. Rio de Janeiro: Gryphus, 2004.

ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Editora da Unicamp, 2011.

COSTA, Lucas Esperança da. Reféns da memória: a tentativa de construção da identidade através do apagamento da memória. 2014. 117 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2014.

HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrar o trauma: A questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, 2008, p. 65-82.

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Publicado

2021-03-01

Como Citar

SANTOS, Estela Pereira dos; SILVA, Marisa Corrêa.
O VENDEDOR DE PASSADOS, DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA: MODOS DE COMERCIALIZAR A MEMÓRIA E DE RECORDAÇÃO
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 6, n. 18, p. 175–192, 1 Mar 2021 Disponível em: http://519267.outdoorhk.tech/index.php/afluente/article/view/14858. Acesso em: 30 nov 2024.

Edição

Seção

Dossiê Literatura, Escritura e Memória