MATRIARCAT CONTRE PATRIARCAT
une collision épistémologique
DOI :
https://doi.org/10.18764/2595-1033v5n13.2022.24Mots-clés :
Matriarcat, Patriarcat, Épistémologie, CosmoperspectiveRésumé
Le présent travail se propose d'analyser, quoique de manière préliminaire, les relations entre matriarcat et patriarcat dans le contexte africain. Le sujet a toujours été controversé. Les deux systèmes sont des organisations sociales différentes. Dans le contexte africain, certaines littératures montrent que le patriarcat a précédé la colonisation, mais a pris de nouveaux contours avec l'invasion coloniale, tandis que d'autres, tout en reconnaissant les inégalités et les asymétries de genre, désignent le patriarcat comme le résultat de l'invasion coloniale européenne. Avec les théories évolutionnistes, le matriarcat est décrit comme le stade le plus bas de la civilisation humaine, étant considéré par la vision occidentale ethnocentrique, comme un statut de barbarie et de sauvagerie. Méthodologiquement, la recherche est descriptive et analytique, avec un caractère bibliographique. Ainsi, contrairement à la vision du monde patriarcale occidentale, l'idée de filiation dans les sociétés matrilinéaires se calcule à travers la lignée maternelle et non la lignée paternelle. En eux, les femmes ne sont pas associées à la sujétion, mais à la stabilisation économique, à la sécurité de la communauté et aux gardiennes des provisions. Dans les sociétés où le matriarcat n'a pas été modifié par le colonialisme, le patriarcat et d'autres facteurs exogènes, les femmes continuent d'avoir de grands pouvoirs et de transmettre le droit public dans leur société.
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