http://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/issue/feedRevista Brasileira de História das Religiões2024-09-27T22:02:04-03:00Prof. Dr. Lyndon de Araújo Santos[email protected]Open Journal Systems<p>A Revista Brasileira de História das Religiões (RBHR) é uma publicação sediada no Programa de Pós-Graduação em História e Conexões Atlânticas (PPGHis) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e vinculada ao GT de História das Religiões e Religiosidades (GTHRR) da Associação Nacional de História (ANPUH).</p> <p>A RBHR publica textos originais de temáticas vinculadas à história das religiões, prezando pelo diálogo com as diversas áreas do saber, como Sociologia, Antropologia, Teologia, Filosofia, Geografia e Literatura, entre outras.</p> <p>ISSN 1983-2850</p> <p>Periodicidade: Quadrimestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): A2</strong></p>http://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23108Espiritismo e abolicionismo como identidade de dissidência na década de 1880 no Brasil2024-06-10T11:04:16-03:00Litza de Oliveira Amorim[email protected]Ana Luiza Jesus da Costa [email protected]<p>Esse artigo relata resultados parciais de uma pesquisa cujo objetivo é analisar a formação política do movimento espírita brasileiro na década de 1880. Ao utilizar o termo formação, temos como pressuposto uma educação política promovida pelo movimento espírita por meio de seus periódicos, e focamos a educação que se processa fora da escola, a partir da inspiração de Thompson (2011), na esteira da apropriação de Costa (2012) do conceito. Investigamos periódicos da imprensa espírita na década de 1880, e defendemos a hipótese de que o movimento espírita em formação no Brasil, na segunda metade do século XIX, configurou-se como uma identidade de dissidência, ao menos parcialmente, da ordem estabelecida. Os resultados relatados no artigo evidenciam que a imprensa espírita posicionou-se em relação à temática da escravidão e sua abolição no Brasil, pressionando o Estado e propondo uma transformação social e política da nação.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/24331De Bello et Ludis: jogos da Antiguidade nas etimologias de Isidoro de Sevilha2024-09-06T10:36:56-03:00Narayana Astra van Amstel[email protected]Carlos Alberto Bueno dos Reis Júnior[email protected]Kelwin Santos da Cruz[email protected]Wanderley Marchi Júnior[email protected]<p>Nossa pesquisa teve por objetivo compreender como os jogos foram retratados no livro XVIII da obra Etimologias, escrita pelo bispo Isidoro de Sevilha entre os anos de 615 e 630 d.C. Várias formas de atividades associadas a jogos foram classificadas por Isidoro como possuindo um caráter bélico ou lúdico. Observamos um receio em relação aos jogos do contexto romano e uma desaprovação dos espetáculos, por conta, alegadamente, de elementos pagãos e de violência. Entretanto, notamos que o tom crítico adotado pelo bispo levou em conta que tais práticas poderiam ser boas ou más de acordo com sua finalidade. </p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23778Catolicismo de massas e política no Brasil: 1930-19342024-06-24T09:43:56-03:00Maurício de Aquino[email protected]<p>Este artigo apresenta uma análise da construção do catolicismo de massas e de suas repercussões políticas no Brasil, de 1930 a 1934, desde uma perspectiva da “nova história política”. O trabalho de interpretação e reconstrução histórica desse período acerca das relações entre religião e política foi orientado pela tese segundo a qual a Igreja Católica reinventou o seu lugar político na ordem republicana ao mesmo tempo em que o Estado republicano em crise, nos primeiros anos do governo de Getúlio Vargas, buscou na aproximação com a instituição eclesiástica uma de suas bases de legitimação, além de um repertório de estratégias de mobilização controlada do povo, que, por outro lado, implicou na incorporação de proposições católicas no texto constitucional de 1934. </p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23546Budismo e Xintoísmo na cultura religiosa japonesa: sincretismos, migrações, ressignificações2024-06-10T10:39:43-03:00Leonardo Henrique Luiz[email protected]<p>Resenha do livro</p> <p>ANDRÉ, Richard Gonçalves. <strong>Budismo e Xintoísmo na cultura religiosa japonesa</strong>: sincretismos, migrações, ressignificações. Curitiba: Editora Centro Ásia, 2022. 224 p.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23550“Um depósito de agonia”: assistência aos tuberculosos na Santa Casa de Misericórdia da Paraíba (1906-1942)2024-07-17T11:54:37-03:00Rafael Nóbrega Araújo[email protected]Carlos Alberto Cunha Miranda[email protected]<p>O presente artigo analisa as condições da assistência médica prestada aos tuberculosos pela Santa Casa de Misericórdia da Paraíba (SCMPB), mais especificamente no Hospital Sant’Anna, que durante a primeira metade do século XX recolheu os tísicos indigentes que procuravam aquela instituição. Embora um dos compromissos da Irmandade da Misericórdia fosse o de “tratar os doentes”, os Relatórios de Provedoria alegavam que assistir os tuberculosos não era obrigação da Pia Instituição. Argumentamos que essa recusa se dava em virtude de alegadas questões econômicas por parte da SCMPB, uma vez que a tuberculose por ser uma doença crônica e, para a época, incurável, e pela maioria dos enfermos serem desvalidos e indigentes, sua manutenção concorria para um custo supostamente muito elevado para a Santa Casa. A análise da documentação compulsada apontou para a absoluta precariedade das condições higiênicas em que esses sujeitos históricos – os tuberculosos pobres – eram assistidos pela Santa Casa.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23844Conflitos sobre práticas de cura: uma análise discursiva da pajelança cabocla na Belle Époque paraense 2024-07-10T10:37:15-03:00Flaviana Moraes Pantoja[email protected]Dilermando Moraes Costa[email protected]<p>A pajelança, a despeito de sua importância cultural e espiritual, enfrentou uma perseguição impiedosa da parte das autoridades médicas e judiciais em campanhas difamatórias na imprensa paraense durante a passagem do século XIX para o XX. Em um período em que a modernização urbana e o sanitarismo eram priorizados pelas autoridades políticas do país, a pajelança era significada como uma ameaça ao monopólio da cura que os médicos acadêmicos buscavam estabelecer. Diante do exposto, o objetivo deste artigo, apoiado teórica e metodologicamente na Análise do Discurso materialista, é analisar os efeitos de sentido sobre a pajelança na imprensa paraense, destacando as tensões quanto ao sentido dessa prática xamânica entre o final do século XIX e início do XX. Na primeira parte, trabalharemos as noções teóricas que nortearão este estudo, além de discutirmos as disputas de sentido sobre a pajelança. Em seguida, avançaremos na reflexão debatendo a Imprensa e a concepção antagônica quanto às práticas alternativas de cura no Pará. Por fim, apresentaremos a análise discursiva do corpus composto por recortes de matérias jornalísticas. Encerraremos este texto com as considerações finais, retomando a complexidade das disputas de sentido, bem como as relações de força que se materializam nos discursos.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23841Espíritas, curandeiros e o exercício da medicina na Belém da Belle Epoque: disputas por hegemonia no universo da cura2024-06-24T10:06:20-03:00Jairo de Jesus Nascimento da Silva[email protected]Camila Frota da Costa[email protected]<p>Este artigo procura, através de fontes variadas, mas tendo os jornais O Estado do Pará, A Província do Pará e Folha do Norte como principais referências; demonstrar as dificuldades encontradas pela medicina acadêmica, entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX, em Belém do Pará, para garantir hegemonia no universo complexo da cura; assegurando, assim, sua identidade e reconhecimento profissional, principalmente na luta contra concorrentes poderosos, como era o caso dos espíritas e dos curandeiros, estes últimos já há muito enraizados na cultura local.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23525Exu na encruza é rei no terreiro, ele é doutor: a umbanda e o patrimônio da saúde2024-06-10T10:43:31-03:00Janaina Gonçalves Hasselmann[email protected]Roberta Barros Meira[email protected]Dione da Rocha Bandeira[email protected]<p>O artigo visa contribuir com as pesquisas sobre as práticas medicinais exercidas em um terreiro de umbanda. Elegemos as figuras de exu e pombagira de forma a desmistificar a representação mítica de ambos no tecido social em que a eles se remete a execução de trabalhos malignos. Nossa proposta de captação de sentidos se apoia no fazer etnográfico para produção de novas fontes, visto a inexistência de estudos que dinamizem a relação saúde-doença por meio dos trabalhos e itinerários de saúde realizados pelo <em>povo da rua</em>. Nosso objetivo principal foi relacionar as práticas de cura com o patrimônio da saúde, uma vez que a crença nas potencialidades de exus e pombagiras influenciam a vida de seus consulentes, em um sistema de diagnóstico-tratamento-acompanhamento. Nossa problemática incide basicamente na ausência de pesquisas sistemáticas sobre processos curativos em terreiros de umbanda e sua possível relação com a categoria patrimônio da saúde. Nosso principal colaborador para tal investimento é um terreiro de umbanda localizado no município de São Francisco do Sul, SC.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23757Mulheres pentecostais no Sertão da Bahia: orando e curando2024-06-10T10:18:09-03:00Elvia Cristina Silva Santos[email protected]Elizete da Silva[email protected]<p>Analisamos a importância e o papel desempenhado pelas mulheres na expansão do Pentecostalismo assembleiano no Sertão da Bahia, principalmente, através do exercício de orações e da prática de cura para os diversos males, curas milagrosas, advindas do poder divino. Apesar do pastorado ter se posicionado contrário à ordenação feminina, argumento fundamentado a partir de uma leitura sexista da Bíblia, a hierarquia eclesiástica não abriu mão dos esforços femininos para a expansão evangelística, desde que não competissem com os homens e não ocupassem o sacerdócio, por ser considerado antiblíbico. Mas, as mulheres protagonizaram o pioneirismo da Assembleia de Deus em muitas regiões do Brasil, tal como aconteceu no interior baiano.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23646Para além da questão psicoativa: o uso ritual da jurema e suas múltiplas mediações2024-06-10T10:28:19-03:00Marcus Vinícius Barreto[email protected]<p>A literatura acadêmica costuma descrever o uso ritual da jurema como uma prática realizada na região Nordeste do Brasil, tanto por comunidades indígenas quanto pelas religiões de matriz africana. Ademais, alguns estudiosos, ao definir a jurema como um vegetal cuja ingestão estimula sensações terapêuticas ou de êxtase, analisam as relações estabelecidas entre este vegetal e seus usuários colocando a dimensão psicoativa como uma condição a priori. Com base em pesquisas mais recentes bem como nas evidências empíricas de um estudo de caso, o presente artigo pretende ampliar as análises tradicionalmente propostas, mostrando que a jurema compreende um cosmos construído por múltiplas mediações entre tipos de plantas, formas de comunicação com <em>encantados</em> e, em alguns contextos, espécies animais.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23767Preto-velho, curandeiro de umbanda: imagens, estereótipos e emoções na produção do sagrado2024-07-16T08:33:21-03:00Joana Bahia[email protected]Paula Esteves[email protected]Farlen de Jesus Nogueira[email protected]<p>Neste artigo mostraremos como os terreiros servem como uma primeira etapa no processo de cura através do dispositivo da fé. Utilizando metodologia qualitativa, através de observação participante, pesquisa historiográfica e revisão bibliográfica, partimos da análise da figura do preto-velho como arquétipo de entidade curandeira para compreender os trânsitos devocionais, a construção de simbologias e a desmistificação de estereótipos envolvidos nos processos de cura na Umbanda. Compreendemos a cura como um processo de agência religiosa que envolve múltiplos fatores e se processa no campo das emoções e do corpo.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/23894Reality Show Pentecostal: o acolhimento de usuários problemáticos de substâncias transmitido nas redes sociais2024-07-10T10:42:37-03:00Janine Targino[email protected]<p>Recentemente, tem-se notado a profusão de instituições e iniciativas comumente denominadas como “centros de recuperação”, “projetos” ou “institutos” entre os investimentos religiosos que visam atender usuários problemáticos de substâncias psicoativas (SPAs). Estas instituições e iniciativas, que se espalham pelas regiões metropolitanas do país,<br />demostram inédita desenvoltura com o uso de redes sociais e muitas delas fazem uso dessas plataformas para compartilhar o dia a dia daqueles que por elas são acolhidos. Na tentativa de esboçar certa compreensão no que se refere às instituições<br />e iniciativas de caráter religioso que transmitem massivamente nas redes sociais o acolhimento de usuários problemáticos de SPAs, esta pesquisa propõe uma etnografia virtual dos perfis mantidos no Youtube e Facebook por uma iniciativa pentecostal entre os anos de 2022 e 2023. Entre os principais resultados da pesquisa estão a compreensão de que a iniciativa em tela opera tal qual um reality show, ao mesmo tempo em que transforma os testemunhos de seus acolhidos em uma forma de angariar “curtidas” e novos seguidores nas redes sociais. </p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/24215Terapias religiosas e o processo saúde-doença no mercado religioso no Haiti2024-08-19T16:56:27-03:00Fabiane Rosa Gioda[email protected]Renata Siuda-Ambroziak[email protected]Marcia Grisotti[email protected]<p>Dentre tantos pontos que deixam transparente a vulnerabilidade da sociedade haitiana, as questões que envolvem o processo saúde-doença são os que mais induzem sofrimento e a percepção da desigualdade. Sendo o Haiti o país mais pobre da América e um dos mais pobres do mundo, edificou-se dentro da pluralidade religiosa e terapêutica os<br />caminhos para tentar alcançar a cura dos processos de adoecimento. A construção do percurso terapêutico dos sujeitos ao perceberem-se doentes, no entanto, além de ser influenciada pela mais profunda precariedade do sistema público de saúde, é permeada por tradições religiosas e a sua visão da etiologia da doença e métodos de cura, e uma série de conflitos religiosos envolvendo os terapias populares locais e as igrejas evangélicas. Frente a esta realidade, aproveitando da ferramentas teóricas da economia religiosa, escolha racional e da segurança existencial, o artigo busca discutir o processo de construção dos itinerários terapêuticos a partir da articulação entre os saberes, os agentes e as práticas envolvidas no processo saúde/doença, levantando questões como a concorrência religiosa no mercado de cura haitiano. Diante de trajetórias apresentadas, percebe-se a violência estrutural como um legado histórico, perpetuado ainda hoje, que inclui as religiões como determinantes do risco de adoecer e da viabilidade (ou não) para curar-se das doenças.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de História das Religiõeshttp://519267.outdoorhk.tech/index.php/rbhr/article/view/24486Saberes tradicionais, terapias e curas no campo religioso2024-09-27T21:57:47-03:00Marcia Grisotti[email protected]Roberto Radünz[email protected]Renata Siuda-Ambroziak[email protected]<p>A conexão entre a espiritualidade, entendida como a busca do significado para a vida através de noções que transcendem o tangível, e os processos saúde-doença não são novos e não se restringem a determinadas classes sociais. É uma prática disseminada em diferentes sociedades e períodos históricos. A complexidade dos problemas sociais e os limites humanos para com ela lidarem explica porque, até hoje, não se conseguiu excluir totalmente o modo de pensar religioso e ‘desencantar’ o mundo.</p>2024-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024